Encontro-me sentado numa pequena cadeira,
Debruçado sobre a mesa,
A olhar para o pálido papel.
A caneta rodopia entre os dedos,
Apenas esperando o verbo para começar.
A praia vazia abre os horizontes,
O mar á distância embala a mente,
O sol quente e brisa fria puxam á imaginação.
Está tudo em sintonia para um momento perfeito.
Mas falta algo…
Estou a tentar escrever uma história;
Um pequeno conto de encantar.
Um pequeno grande instantâneo pessoal,
De alguém que tem muito para contar:
O Prosador encontra-se numa esplanada.
Lugar perfeito para uma narrativa…
O ar primaveril entra-lhe pelos pulmões inspirando-o a
escrever.
O acto é tão rápido como instintivo;
O papel e a caneta aparecem como por magia.
Está tudo pronto!
Mas o Prosador hesita; por onde começar?
A narrativa nasce do pensamento;
Mas as palavras são poucas para expressar o muito que há
para dizer…
Que tal começar pelo início:
“Encontro-me numa explanada…”, voa a caneta.
E começo a escrever…
Lentamente descrevo a situação da situação á medida que vai
acontecendo.
Eu não reajo, nem ele pensa; apenas escrevemos.
Rabiscamos o presente numa forma contínua.
A escrita dentro da escrita vai acontecendo até ao fim da
folha.
Ao virar a página, o Prosador corta-se no papel.
Instintivamente atira-o para longe cortando também a
escrita.
“- Au! Porra!... Acabou!.”.
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